AS REDES SOCIAIS E A APRENDIZAGEM
Maria Lúcia Serafim
Maria Lúcia Serafim
Professora efetiva da UEPB - Universidade Estadual da Paraíba, Depto de Educação
Esta era que se articula como a da sociedade da informação e do conhecimento a que,
mais recentemente,
se acrescentou a designação de sociedade da aprendizagem se faz pelos desafios advindos com
a presença da Internet e com ela as ferramentas que favorecem a criação de diversas redes sociais.
Nesta sociedade o professor não é o único transmissor do saber e é chamado a situar-se
nestas novas circunstâncias que, por sinal, são bem mais exigentes.
O aluno também já não é mais o receptáculo que absorve toda e qualquer informação proveniente,
quase que exclusivamente, de seu professor. Este aluno precisa também aprender a gerir as
informações que lhes são chegadas de modo a transformá-las em seu saber. E a escola que
congrega estes dois novos componentes, o professor e o aluno da era da informação,
comunicação e conhecimento, precisa ser gerida como uma outra escola, ou seja, como
organização, ela tem de ser um sistema aberto, pensante e flexível no tocante a si
mesmo e a sociedade a qual se insere.
A escola, no contexto social de hoje, apresenta-se bem diferente da escola de alguns anos atrás.
Muitas ferramentas têm sido inseridas como material didático-pedagógico e entre elas
está o computador. O computador por si só, não contribui significativamente no
processo de ensino-aprendizagem, ou seja, ele não substitui o professor, não dá aula
simplesmente por se tratar de uma ferramenta de aprendizagem. Mas, em se tratando de sistemas
, o computador hoje desempenha muitas funções sociais. Não dá mais para imaginar como
seria viver sem o uso desta máquina que está presente em todos os setores sociais.
E não poderia ser diferente com a escola. O uso do computador, mas precisamente
da Internet, é imprescindível para a escola imersa nesse contexto social.
Embora haja total acordo entre os teóricos da atualidade quanto ao uso do computador na educação,
bem como toda a tecnologia que lhe acompanha, em especial os softwares educacionais,
ressalta-se que eles não substituem o professor. Mesmo possuindo programas bastante
didáticos e levando o aprendiz a ser autônomo com relação ao conteúdo que se deseja aprender,
ainda assim, ele não substitui o docente.
Porém, a postura, mais especificamente, a função do educador frente às novas tecnologias da
informação e comunicação precisa ser reavaliada e resignificada pois para o mesmo,
é oportuno que aprenda a administrar e compreender que a massa estudantil já está se
apropriando muito cedo dessas tecnologias, os chamados “nativos digitais”.
A Internet, entre tantas outras tecnologias de comunicação atual, está amplamente
difundida e favorece sobremaneira a formação das chamadas redes social. Pessoas de todo
o mundo estão conectadas em rede através de sites de relacionamento e compartilham as
mais variadas informações e os mais diversos interesses. É incrível a capacidade de ligação
entre pessoas que a Internet propicia. Indivíduos que nem ao menos pensariam em conhecer-se,
ou porque precisariam transpor até mesmo continentes para isso, ou porque não falam o
mesmo idioma, mas na rede mundial de computadores existe a facilidade para superar
estes e outros obstáculos.
As redes sociais do ciberespaço formadas a partir de sites sociais vem sendo alvo de estudas
em todo o mundo, tais como: educadores, antropólogos, psicólogos, sociólogos entre outros.
Elas estão cada vez mais presentes no cotidiano dos indivíduos em suas multiformes: por um
site bancário, por sites de relacionamento: Google, Facebook Orkut, Twitter, Windows
Live Hotmail, ou seja, por um site qualquer, basta ter uma conta de e-mail.
Já é possível se pensar e evidenciar que a participação de um indivíduo em redes sociais do
ciberespaço pode ajudá-lo na aquisição do conhecimento de um dado assunto, seja ele qual for,
e o quanto o professor pode aproveitar deste fenômeno social, para enriquecer sua prática
pedagógica cotidiana. E neste sentido, é importante que os professores conheçam,
se apropriem dos seus conceitos e finalidades e dos softwares usados como ferramentas
em sua constituição. E ainda que haja interesse por sua topologia, para poder compreender
que todo e qualquer indivíduo que faça uso da Internet e que tenha um serviço de e-mail,
está por consequência em rede social no ciberespaço. Então professor?
Não dá para ficar fora desta rede humana…
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